Grande tópico!
E, de certa forma, fui eu que acabei por ser o pretexto para a sua criação, por isso, aqui vai.
O motivo foi o seguinte: há um par de meses, resolvi finalmente desempenar as rodas da Thruxton. Não suporto andar com as rodas desequilibradas e muito menos empenadas. Casa que não tenha máquina para equilibrar a roda traseira, não entro lá.
Como já vimos aqui, a frente de uma Thruxton é muito nervosa e em condições de empeno ou equilíbrio torna-se muito incómoda. Ora quando as rodas vieram da Moitomotos, onde foi feito o serviço, estavam tudo certinho e regular. Num primeiro momento fiquei muito satisfeito, só que ao andar mais com ela, nomeadamente quando fui ao almoço de Natal, a frente vibrava desalmadamente entre os 70 e os 80 Km/h.
Fiquei fulo, mas nunca com o Pereirinha. Achava que eu já tinha empenado de novo a roda, devido à semelhança das nossas ruas de Lisboa com um queijo Gruyère, ou então que tinha perdido um chumbo da roda. Andei semanas assim à espera de ter tempo para ir aferir a roda numa máquina. Num domingo em que vou rir das asneiras do Lamas e de outros amigos (estas estórias quando começam não param e é só rir), volto para casa triste com os solavancos da frente da mota e, olhando desconsolado para a roda, vejo nem mais nem menos que o cotovelo enfiado no pipo.
Simplesmente, andei com aquilo ali cerca de um mês.

Ninguém viu, nem mesmo com aquela gente toda que esteve no almoço, nem em Belém, nem eu próprio. Andei assim mais de um mês! E, entretanto, já tinha revirado a casa toda e a arrecadação à procura do famigerado cotovelo!
Mas o que me custou mesmo mais foi perceber que já ninguém liga nenhuma à minha mota, ao ponto de ninguém dar por aquilo pendurado na roda.
Ficou imediatamente tudo no sítio e a mota retomou a (relativa) estabilidade na frente.
Claro que tenho imensas "asneiras", algumas ainda maiores embora nenhuma nem ninguém bata o mestre HZolio. Mas eu espero que ele nunca a conte. Há mitos que devem permanecer intocáveis.